19 de julho de 2011

Enfim, o reconhecimento devido a Pedro Aleixo, patrono do PSC


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou no dia 05 de julho o Projeto de Lei de nº 7.245/10, do Senado, que inclui o nome do festejado político mineiro na galeria de presidentes da República, eis que Pedro Aleixo, exercendo o cargo de vice-presidente do Brasil, fora impedido, de assumir a Presidência do País em 1969, pelo regime militar então vigente. A proposta tramita em caráter conclusivo e seguirá para sanção da presidente Dilma. O texto já fora aprovado pela Comissão de Educação e Cultura.

O cidadão mineiro, Pedro Aleixo, jornalista, político, jurista, de notória projeção nacional, figura ímpar na política brasileira, patrono do Partido Social Cristão-PSC, está tendo, enfim, o devido e justo resgate do seu perfil de presidente da República. Apesar de tardio, esse reparo faz justiça ao grande democrata que, durante o regime militar – a ditadura implantada no País em 1º de abril de 1964 – ousou lutar, como paladino da liberdade, pelo retorno ao estado democrático de direito, isto é, pela restauração da normalidade institucional no Brasil.

Pedro Aleixo nascido na cidade mineira de Mariana, no início do século passado, em 1901, além de um mandato como deputado estadual fora secretário de estado do Interior e Justiça, ambos exercidos em Minas Gerais, e acrescentou à sua brilhante carreira política dois mandatos de deputado  federal, nos anos de 1958 e 1962, ministro da Educação e Cultura, em 1966 e vice-presidente da República na chapa do marechal Costa e Silva.

Com o afastamento de Costa e Silva, por motivo de doença, os ministros militares não permitiram que o vice-presidente Pedro Aleixo tomasse posse. Editaram o Ato Institucional 16 (AI-16), em outubro de 1969, considerando extinto o seu mandato.

Na sua senda de puro democrata, Pedro Aleixo se posicionou contra o AI-5 (que suspendia várias garantias constitucionais), combateu a violência instaurada pela tortura, pugnou pela reabertura do Congresso Nacional e da promulgação da Emenda 1 – a Constituição de 1969.

Foi fundador de dois partidos, a União Democrática Nacional-UDN, o Partido Democrático Republicano-PDR e, ao falecer em 1975, deixou preparados os alicerces básicos para construção do Partido Social Cristão que, na sua criação, uma década depois, escolhera por decisão unânime de seus fundadores, o nome do destacado político mineiro como patrono da novel agremiação.

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